PREPOTÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO
Exige acção dos trabalhadores!
A administração da EDP confirmou que não iria validar o acordo negociado acerca dos subsídios de estudo a descendentes de trabalhadores e reformados, deitando ao lixo o resultado de mais de um ano de negociações e embolsando assim 600 mil euros e deixando de fora(por sua opção) deste subsidio sensivelmente metade dos seus beneficiários. A Fiequimetal já solicitou a intervenção da DGERT e vai realizar plenários de trabalhadores.
Passado que foi o prazo de oito dias, pedido pela CN-EDP, para comunicar a sua posição sobre o desfecho da negociação do protocolo, foi-nos comunicada a decisão da Administração de não validar o acordo negociado o que, a nosso ver, traduz falta de ética negocial e desrespeito pelos trabalhadores interessados e evidencia uma estranha preocupação em não isolar a única organização sindical que inviabilizou um acordo que não deixasse de fora nenhum trabalhador elegível para a atribuição do subsídio.
É fundamental que se diga que a falta de acordo à sua própria proposta contraria a declaração da Administração da empresa no sentido de pretender, tão só, reformular os critérios de atribuição e não reduzir os montantes despendidos, para o efeito, no último ano. Da posição, ora assumida, resulta prejuízo sério para os trabalhadores e uma acumulação vergonhosa de dividendos para a empresa que embolsa assim cerca de 600.000 Euros
A Fiequimetal já solicitou a intervenção do Ministério do Trabalho
A CNS/Fiequimetal não aceita esta resposta da Administração por considerar um grave atentado à nossa autonomia sindical. Foi solicitada a intervenção da DGERT (Direcção Geral do Emprego e Relações de Trabalho) com o propósito de repor a legalidade.
A EDP que se declara, e se vangloria, de forma constante e pública, como uma empresa “familiar e socialmente responsável” entendeu agora de forma unilateral e incompreensível deitar para o lixo mais de um ano de negociações, negociações essas, que deram frutos, pois chegou-se ao final com um acordo em cima da mesa que de alguma forma permitia continuar a ajudar socialmente todas as famílias que têm filhos a estudar e que fazem parte da base de sustentação da EDP.
Continua a administração de forma hipócrita a esconder-se atrás da posição de que o acordo só pode ser assinado com a totalidade das organizações o que é falso e ainda por cima ilegal pois a autonomia sindical está defendida também na Constituição da Republica e já houve casos em que a ausência de acordo da Fiequimetal não impediu a assinatura com outras organizações.
Apelamos a que os trabalhadores se mantenham unidos e que participem na ronda de plenários que será marcada brevemente onde discutiremos este e outros assuntos incluindo a proposta de tabela salarial para 2017
Participa nos Plenários, mantêm-te informado!
Sindicaliza-te, juntos somos mais fortes!
Lisboa, 10/11/2016
A CNS/Fiequimetal