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No dia 19 de Abril o SIESI foi informado da intenção da administração da IPI de encerrar a fábrica em Muge e consequentemente através de despedimento coletivo enviar 83 trabalhadores para a situação de desemprego.

Conhecendo os dados financeiros da empresa e algumas dificuldades que têm sido informadas aos trabalhadores, o SIESI solicitou de imediato uma reunião à administração e convocou um plenário de trabalhadores.

Até ao momento a administração não disponibilizou se ao pedido de reunião, pelo que consideramos que essa situação pode representar um mau sinal. Afinal, quem não deve não teme.

No plenário foi verificado que os motivos que a administração alega para extinguir atividade da IPI são frágeis. Sinal disso é o facto de recentemente a empresa ter começado a realizar obras de substituição de telhado e de ter sido adquirido pela fábrica uma nova serra de corte.

Uma desconfiança para a qual alertamos os trabalhadores pois o seu posto de trabalho pode estar a ser eliminado por uma mera estratégia empresarial. Nem tudo o que parece é e não é por falar cordialmente com os trabalhadores que existem boas intensões. Basta pensarmos nas atitudes tidas ao longo dos anos.

À parte dessa situação, pode-se constatar que há longos anos que na IPI aplica-se o contrato coletivo do patrão, unicamente a favor da administração. No que diz respeito a aumentos, a tabelas salariais e atribuição de diuturnidades que os trabalhadores têm sido penalizados.

O SIESI alerta os trabalhadores da IPI que estão na generalidade dos casos a receber abaixo do vencimento mínimo no sector e que as diuturnidades também não estão a ser pagas como deviam por via da aplicação do contrato coletivo do patrão.

Essa situação, em caso de concretização de despedimento coletivo, vai penalizar severamente os trabalhadores no direito à compensação por incorreta e injusta forma de cálculo.

Hoje como sempre o SIESI está ao lado dos trabalhadores da IPI, disponibilizando-se para apoiar na luta pela manutenção do seu posto de trabalho e na luta para que os seus direitos sejam cumpridos na integra.

Um apoio que só depende da vontade dos trabalhadores da IPI se organizarem e defenderem os seus direitos.

A situação com que estão a ser confrontados os 83 trabalhadores da IPI, não pode ser desligada da situação politica mais geral.

Embora o momento politico seja mais favorável aos trabalhadores, nas empresas fabricantes de material elétrico subsistem diversos problemas por resolver e garantir o cumprimento dos direitos dos trabalhadores.

Os patrões do sector, longe de serem bons rapazes, boicotam qualquer tentativa para uma contratação coletiva mais justa e favorável aos trabalhadores, incluindo os aumentos salariais merecidos para quem todos os dias realiza o seu trabalho e assim contribuí para o desenvolvimento das empresas.

Um sector que para além de mau pago é ainda campeão no que diz respeito a doenças profissionais, existindo milhares de homens e mulheres com doenças musculo- esqueléticas contraídas ao serviço das empresas por falta de prevenção por parte das administrações.

Por tudo o que foi dito, também, na IPI vale a pena lutar.  Vale a pena participar no 1º de Maio.

Foi pela luta que os trabalhadores conseguiram derrotar um governo que fazia do aumento das desigualdades e do empobrecimento a chave para a sua ação. Foi pela luta que conseguiu-se repor salários, direitos e pensões.

Será pela luta que os trabalhadores do sector vão impor ao governo e ao patronato uma alteração do seu posicionamento por uma verdadeira melhoria dos salários e das condições de trabalho.

Dar força ao SIESI é lutar para ser respeitado

Ler Comunicado aos Trabalhadores